segunda-feira, 4 de junho de 2007

Vplume I

BALADA DA BRIOSA

Pensar no passado, é óptimo
Pensar no futuro, é extraordinário
Desde que, não seja antónimo
Do mundo, que é ordinário.

Falar e sonhar com o passado
É um elixir para a memória,
Viver com o presente, é uma “estória”
Que tem muito de complicado.

A grande “Briosa”
Tem enorme valor
Muito além do futebol,
Foi uma escola graciosa
De pessoas com sabor,
Como o Alves Redol.

A AAC, não é um clube,
É simplesmente uma maneira
De sabermos o que é rude,
Sem passar pela peneira.

P’ra frente Académica
O teu passado foi enorme,
A juventude é feérica
E está sempre conforme.

Para muitos, és um Padrão
De Exemplo e Contradição.
Coimbra, não é uma facção,
É simplesmente, uma adoração.


Estoril, 1 de Abril de 2004

Francisco da Renda


BATOTA


Batota, no que vejo e analizo,
Ainda por cima, não é p’ra meu regozijo.
É o homem que engana a mulher ou a inversa
É o outono que pareçe a primavera e vice-versa.

É a mulher que quer ser homem
É o homem que quer ser mulher
São os filhos que querem mandar nos Pais.
Enfim, para que tomem
E provem, com uma colher
Tantos dislates que tais.

É o sol que brilha perto, mas está longe,
É Deus grandioso e omnipresente
Que no entanto, consente
Que um único monge
Seja Rei, Senhor e tratante
Nesta terra angustiante.

É o urso polar que se esconde no gelo
Para caçar as suas presas
E para não ser caçado, pois é ouro o seu pelo.
Que pena já não haver surpresas.

É o professor que engana o aluno,
São estes que fazem o mesmo
Ambos não querem, mas há aqui gatuno.
É o ar contaminado que tanto temo
É a água do mar que engana Neptuno,
Ah! Batota que vais a esmo.

O que é feito
Da pureza
Da singeleza
Da verdade, que trago no meu peito?

Batota
Que estás aqui e no Além,
Prefiro a “Catota”
(A minha querida galinhola do mato),
Porque essa de facto
Não enganava ninguém.

Sra da Rocha, 4 de Setembro de 2003


Francisco da Renda


BATUQUE

Tam, Tam, tum, tum...
Pela noite fora,
P’ros Brancos, era só zum, zum...
No Kimbo era a festa, agora

Por qualquer motivo,
Era óbito, era nascimento,
Não havia crivo
Nem sequer entendimento.

P’ros “canucos”
Era só alegria
Com o ritimo de malucos
Que se tocava com mestria.

Ainda hoje me lembro
De meu pai perguntar?
Será que és um membro
Desconhecido, que os faz “batucar”?

Fiquei a pensar,
Eu (que não sei quem são),
Estarei a sonhar,
Ou vou dar a minha mão?

Olhava para o firmamento
A ouvir aqueles sons,
Tantos pensamentos
De acordo com os tons.

Inteligente forma
De se expressarem,
Apesar de não haver norma.
Que bom, eles falarem.

Estoril, 30 de Julho de 2003

Francisco da Renda

Nenhum comentário: